A colectomia é o procedimento cirúrgico realizado para a remoção total ou parcial do intestino grosso — também conhecido como cólon, que representa a parte final do trato digestivo.
O intestino grosso é dividido em quatro segmentos principais: cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente e reto.
Esse órgão pode ser acometido por diversas doenças, como:
• Doença diverticular do cólon;
• Tumores (câncer colorretal);
• Doenças inflamatórias intestinais (como retocolite ulcerativa e doença de Crohn);
• Megacólon;
• Complicações infecciosas ou obstrutivas.
Em muitos desses casos, a cirurgia é a principal forma de tratamento.
A colectomia pode ser indicada para tratar diferentes condições, entre elas:
• Câncer colorretal (em diferentes estágios);
• Doença diverticular complicada, com perfuração ou abscesso;
• Obstruções intestinais que não respondem a outros tratamentos;
• Doenças inflamatórias intestinais graves ou refratárias ao tratamento clínico;
• Sangramentos intestinais recorrentes ou incontroláveis.
O tipo e a extensão da colectomia variam conforme a doença e sua localização no intestino.
O preparo intestinal depende do tipo de cirurgia e da técnica utilizada.
De forma geral:
• Dois dias antes, recomenda-se uma dieta leve e com baixo teor de fibras;
• Deve-se evitar alimentos como vegetais crus, frutas com casca, grãos integrais e cereais;
• No dia anterior à cirurgia, o paciente deve consumir apenas líquidos claros (água, chá, suco coado, gelatina transparente);
• Jejum absoluto é exigido antes da cirurgia, conforme orientação da equipe médica.
Esse preparo ajuda a reduzir o risco de infecção e facilita o procedimento.
A cirurgia pode ser feita por diferentes vias:
• Cirurgia aberta (com incisão abdominal maior);
• Videolaparoscópica (minimamente invasiva, com pequenas incisões e uso de câmera);
• Cirurgia robótica (alta precisão e controle, em centros especializados).
Tipos de colectomia:
• Colectomia parcial: remoção de apenas um segmento do cólon;
• Colectomia total: retirada completa do intestino grosso;
• Proctocolectomia: retirada do cólon e do reto.
Após a remoção da parte afetada, realiza-se uma anastomose intestinal, ou seja, a reconexão entre as porções saudáveis do intestino para restabelecer o trânsito digestivo.
Em algumas situações, pode ser necessária a criação de uma ostomia (colostomia ou ileostomia), que é a exteriorização de uma parte do intestino na parede abdominal para a saída das fezes.
A ostomia pode ser temporária, permitindo a cicatrização do intestino, ou permanente, dependendo do caso clínico.
Após a cirurgia, o paciente pode apresentar:
• Desconforto abdominal;
• Alterações do hábito intestinal;
• Risco de complicações como sangramentos, infecções ou formação de coágulos.
A recuperação depende da extensão da cirurgia, do estado clínico do paciente e da via de acesso utilizada.
Durante as primeiras semanas, é comum adotar uma dieta pobre em fibras, com reintrodução gradual dos alimentos conforme orientação médica.
O retorno às atividades cotidianas e ao trabalho costuma ocorrer em algumas semanas, com acompanhamento contínuo da equipe médica.
