O Esôfago de Barrett é uma condição em que o revestimento interno do esôfago sofre alterações causadas principalmente pelo refluxo gastroesofágico crônico. Esse tecido alterado tem potencial para evoluir para um tipo de câncer chamado adenocarcinoma esofágico, por isso é essencial que a condição seja detectada precocemente e acompanhada de perto.
Se você recebeu o diagnóstico de Esôfago de Barrett, o primeiro passo é conversar com seu médico sobre as opções de tratamento e vigilância. Em muitos casos, especialmente nas fases iniciais e sem sinais de transformação celular grave (displasia), o acompanhamento pode ser feito com endoscopias periódicas e biópsias do tecido alterado. A frequência desses exames será determinada conforme o grau de alteração celular e outros fatores de risco, como histórico familiar, idade e tempo de refluxo.
Se forem identificadas alterações mais avançadas nas células — chamadas de displasia de baixo ou alto grau —, o tratamento endoscópico pode ser indicado mesmo sem a presença de lesões visíveis. O objetivo é eliminar o tecido alterado e reduzir o risco de progressão para o câncer.
Os principais métodos endoscópicos utilizados para tratar o Esôfago de Barrett com displasia são:
• Ablação por radiofrequência: técnica mais utilizada atualmente, aplica energia controlada para eliminar o tecido alterado.
• Crioablação: utiliza frio extremo para destruir as células anormais.
• Plasma de argônio híbrido: uma técnica mais recente e promissora, que combina plasma de argônio com jato de água para aplicar energia de forma precisa.
A escolha da técnica depende da avaliação individual do paciente, levando em consideração o grau da displasia, a extensão do Barrett e outros fatores clínicos. O tratamento é personalizado para oferecer o melhor resultado com segurança.