Câncer de esôfago

O câncer de esôfago é uma neoplasia maligna agressiva do trato gastrointestinal. Se não for diagnosticado e tratado precocemente, pode levar à alta mortalidade. De acordo com a International Society for Diseases of theEsophagus, é o sexto tipo de câncer mais frequente no mundo.

Tipos de câncer de esôfago

O tipo mais comum no Brasil é o carcinoma epidermoide escamoso, geralmente relacionado ao consumo de álcool e tabaco. O adenocarcinoma também está se tornando mais comum, especialmente nos países ocidentais, com forte associação ao esôfago de Barrett. Tumores neuroendócrinos do esôfago são muito mais raros.

O que causa o câncer de esôfago?

As causas incluem fatores ambientais, como:

• Consumo de álcool, cigarro, chimarrão/pimenta quente

• Refluxo ácido não tratado

• Obesidade

• Dieta pobre em fibras e vegetais

No Brasil, é comum a associação entre acalasia (distúrbio de motilidade do esôfago) e o desenvolvimento de carcinoma epidermóide

Quais são os sintomas?

• Dificuldade para engolir (disfagia), inicialmente para sólidos e depois para líquidos

• Emagrecimento

• Dor ao engolir

• Salivação excessiva • Tosse crônica, pneumonia ou alteração na voz

• Anemia

A disfagia geralmente aparece quando o tumor já obstruiu mais de 1/3 do lúmen do esôfago, o que justifica o diagnóstico tardio na maioria dos casos.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é baseado na história clínica, exame físico e exames complementares. A endoscopia digestiva alta é o principal exame para detectar a lesão e realizar biópsias. Outros exames como tomografia computadorizada (TC), ultrassonografia endoscópica (USE) e PET-CT são importantes para o estadiamento da doença.

Tratamento

A escolha do tratamento depende do estágio da doença:

• Ressecção endoscópica: indicada para neoplasias muito iniciais.

• Cirurgia esofágica: tratamento principal para tumores localizados, podendo ser precedida de quimio e/ou radioterapia.

• Tratamento paliativo: para casos avançados, pode incluir colocação de próteses, quimioterapia e radioterapia.

Cerca de 60% dos pacientes operados têm tumores não ressecáveis. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental.