A mucosectomia é uma técnica endoscópica avançada indicada para a remoção de lesões superficiais do trato digestivo. Ela permite retirar alterações localizadas na camada mucosa e parte da submucosa da parede gastrointestinal, sem necessidade de cirurgia em muitos casos. Essa técnica é especialmente eficaz para lesões com até 15–20 mm de diâmetro e, quando bem indicada e executada, pode ser considerada curativa.
A mucosectomia pode evitar tratamentos mais invasivos, como a cirurgia, desde que alguns critérios sejam atendidos:
• A lesão deve estar restrita à camada mucosa e superficialmente à submucosa.
• As margens da ressecção (bordas do fragmento retirado) devem estar livres de tumor.
• A análise microscópica deve confirmar que a lesão é uma neoplasia bem diferenciada (menos agressiva).
Se a lesão for maior ou mais profunda, pode ser necessário realizar uma técnica mais complexa chamada dissecção endoscópica da submucosa.
Como é realizado o procedimento?
Durante a mucosectomia, uma solução é injetada abaixo da lesão utilizando uma agulha específica. Esse líquido levanta a lesão, separando-a das camadas mais profundas da parede intestinal. Isso reduz o risco de perfuração durante a retirada.
Em seguida, utiliza-se uma alça semelhante à usada na polipectomia para ressecar a lesão. Todo o material retirado é enviado para exame anatomopatológico (avaliação ao microscópio), como ocorre nas biópsias.
Embora a mucosectomia possa remover pólipos, ela se diferencia da polipectomia tradicional:
• A mucosectomia atinge camadas mais profundas da parede intestinal.
• A área de tecido ressecada é geralmente maior.
• Lesões mais complexas, como neoplasias planas ou de maior extensão, exigem o uso de técnicas e acessórios específicos para garantir a remoção completa e segura.
Enquanto pequenos pólipos podem ser removidos com uma alça simples durante a colonoscopia (polipectomia), lesões mais extensas requerem abordagem mais profunda e precisa, como a mucosectomia.
Jejum:
• É necessário jejum absoluto de 8 horas antes do exame para garantir o esvaziamento gástrico completo.
• Caso contrário, restos alimentares podem ser aspirados para os pulmões, o que representa um risco grave.
Uso de Medicamentos:
• A maioria das medicações de uso contínuo pode ser tomada após o exame.
• Caso seu médico tenha orientado o uso de alguma medicação antes do exame (por exemplo, anti-hipertensivos), tome-a com pequenos goles de água.
• Evite o uso de leite ou antiácidos antes do exame.
Diabéticos:
• O ideal é agendar o exame para o primeiro horário do dia.
• Insulina e hipoglicemiantes orais devem ser usados após o exame, junto à primeira refeição.